quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Poema 124

Ouço sua voz e de repente o mundo silencia
Você se esforça pra me tirar desse redemoinho 
Repito as frases que me devoram fria 
E você chora ao som do meu corpo ruindo 
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Na madrugada eu te acordo quase sempre 
O meu medo de mim é maior que da morte 
Você me protege desse desejo iminente 
E torce pra que eu sobreviva com sua sorte 
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Acima dos fantasmas há o amor 
Ambos brigam dentro da minha cabeça 
E além disso, você me diz o que for 
Pra que eu me acalme e não enfraqueça 
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Acontece que eu não sei como pesar 
O que seria melhor pra todos 
Eu sinto que eu sigo bem em atrapalhar 
Mas seria um descanso se o caminho fosse outro 

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