terça-feira, 20 de setembro de 2016

Poema 115

Enquanto mergulhei em você deixei meus portões abertos
Você visitou cada cômodo e entendeu cada dor
Quando submergi eu já não sabia mais ao certo 
Como era possível sentir tanto amor 
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Eu me perco entre meus próprios corredores 
Apenas para te encontrar no final com um abraço 
E dentro do seu colo e cheiro quentes e acolhedores 
Eu sinto que posso sobreviver dentro desse espaço 
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Não sou um local em ruínas e mal assombrado
Mas a vida me fez como tal e eu tento lidar 
Às vezes vou ranger e te deixar incomodado 
Apenas porque preciso de ajuda em algo a consertar 

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