Vivemos sofrendo pelo amanhã
Pois o ontem nos engoliu as forças
Tentando aos poucos ficar sã
Antes que o mundo me corroa
---
Sorrindo além da desgraca
Me entregando à qualquer distração
Parece que a dor até passa
E me sinto viva então
---
Não quero fazer um grande drama
Cada um tem sua glória e carga
Mas enquanto a força não me toma
Eu sigo fugindo de ser devorada
domingo, 31 de julho de 2016
sábado, 30 de julho de 2016
Poema 63
Eu não sei viver sem amor
O sentimento de mim transborda
Eu me encanto por cada calor
E admiro cada um que se importa
---
O meu peito se abre ao notar
Minha pele responde ao toque
Ofereço até o que não posso doar
Vencendo o medo de que me machuque
---
Não há sequer resquícios de arrependimento
Pois o meu carinho é sincero
De quando em quando apenas um lamento
Por aqueles que são feitos de concreto
O sentimento de mim transborda
Eu me encanto por cada calor
E admiro cada um que se importa
---
O meu peito se abre ao notar
Minha pele responde ao toque
Ofereço até o que não posso doar
Vencendo o medo de que me machuque
---
Não há sequer resquícios de arrependimento
Pois o meu carinho é sincero
De quando em quando apenas um lamento
Por aqueles que são feitos de concreto
sexta-feira, 29 de julho de 2016
Poema 62
De repente eu sinto a força retomar
Esqueci dessa dor sem dimensão
Na bagunça consigo me localizar
Com cada toque quente da tua mão
---
Às vezes me sinto culpada
Por me abrigar em colos alheios
Mas cada carinho é uma aliviada
De todo tipo de bombardeio
---
Eu não quero viver de batalhas
Há muito desejo ter paz
Porém pareço não ter escolha
Ao menos calmaria você me traz
Esqueci dessa dor sem dimensão
Na bagunça consigo me localizar
Com cada toque quente da tua mão
---
Às vezes me sinto culpada
Por me abrigar em colos alheios
Mas cada carinho é uma aliviada
De todo tipo de bombardeio
---
Eu não quero viver de batalhas
Há muito desejo ter paz
Porém pareço não ter escolha
Ao menos calmaria você me traz
quinta-feira, 28 de julho de 2016
Poema 61
Quantos poemas lhe escreverei
Até poder viver em teus braços?
O choro da saudade virou lei
Há corrosão no buraco deixado
---
Em qualquer ato é você que falta
Meu corpo treme com a tristeza
A angústia em si me exalta
Nada mais vejo com clareza
---
Não conto as horas da data incerta
Em que finalmente serei tua
O meu peito cada vez mais aperta
Mas minha dedicação é pura
Até poder viver em teus braços?
O choro da saudade virou lei
Há corrosão no buraco deixado
---
Em qualquer ato é você que falta
Meu corpo treme com a tristeza
A angústia em si me exalta
Nada mais vejo com clareza
---
Não conto as horas da data incerta
Em que finalmente serei tua
O meu peito cada vez mais aperta
Mas minha dedicação é pura
quarta-feira, 27 de julho de 2016
Poema 60
As noites tem sido mais curtas
Eu deixei de esperar reciprocidade
Ainda é minha esperança oculta
Mas a frieza fere mais que a maldade
---
Você está em mim além dos poemas
Cada pensamento te procura
Quero apenas que entenda
Não há pra mim nenhuma cura
---
Me preparo calmamente pelo pior
E talvez isso te alivie o peso
Meu amor continuar maior
Que qualquer tragedia que prevejo
terça-feira, 26 de julho de 2016
Poema 59
Eles me abraçam com força
Me beijam com carinho e desejo
Eles não sabem que o que quer que ocorra
Por ti ainda me rastejo
---
Eu ouço frases repetidas
Que sou linda até ao chorar
Que sou pouco contida
Boa demais pra qualquer um amar
---
O que me dói mais
Não é o tempo que te espero
É a falta da paz
A busca do abrigo eterno
Me beijam com carinho e desejo
Eles não sabem que o que quer que ocorra
Por ti ainda me rastejo
---
Eu ouço frases repetidas
Que sou linda até ao chorar
Que sou pouco contida
Boa demais pra qualquer um amar
---
O que me dói mais
Não é o tempo que te espero
É a falta da paz
A busca do abrigo eterno
segunda-feira, 25 de julho de 2016
Poema 58
A pele dele também é quente
Mas não tem o cheiro de canela
O carinho ao teu remete
Mas de um jeito diferente me descabela
---
O sotaque se mostra igual
Assim como às vezes em que me observa
A saudade que é quase brutal
Se oculta entre carinho e treva
---
Uma hora desperto do momento
Porque afinal não é você
Chega a ser sem cabimento
Mas tua falta preciso esconder
Mas não tem o cheiro de canela
O carinho ao teu remete
Mas de um jeito diferente me descabela
---
O sotaque se mostra igual
Assim como às vezes em que me observa
A saudade que é quase brutal
Se oculta entre carinho e treva
---
Uma hora desperto do momento
Porque afinal não é você
Chega a ser sem cabimento
Mas tua falta preciso esconder
domingo, 24 de julho de 2016
Poema 57
Onde veem apenas histórias
Eu vejo um universo
Absorvo cada oratória
Como se fosse um verso
---
As dores do mundo sinto no coração
Chego a esquecer da minha própria angústia
Quando se somam perco a direção
Acaba a força que por pouco resistia
---
Talvez por isso eu seja uma bagunça
O sentir é algo complicado
Com essa empatia eu fico confusa
Não sei medir se é dom ou fardo
sábado, 23 de julho de 2016
Poema 56
Me mexo de noite procurando teu peito
Lamento mais um dia tua falta
A saudade é maior que o desejo
A dor maior que a revolta
---
Eu mal me equilibro sozinha
Já é difícil lembrar do teu cheiro
O riso quando me tinha
Nem parece meu inteiro
---
Choro esses sentimentos
Como se estivesse em pesar
Essa vida só me é tormento
Mas é teu vazio que me faz sangrar
Lamento mais um dia tua falta
A saudade é maior que o desejo
A dor maior que a revolta
---
Eu mal me equilibro sozinha
Já é difícil lembrar do teu cheiro
O riso quando me tinha
Nem parece meu inteiro
---
Choro esses sentimentos
Como se estivesse em pesar
Essa vida só me é tormento
Mas é teu vazio que me faz sangrar
sexta-feira, 22 de julho de 2016
Poema 55
Não me abandone
Eu me esforço a não chorar todas as noites
Eu lhe acordo com beijos e cheiros
Eu te faço sentir o amor que tenho
---
Não me abandone
Eu não quero suas palavras digitadas
Eu lhe imploro por pele e carinho
Eu tenho esperança em você
---
Não me abandone
Não me salve ou me cure
Mas me aperte e me faça rir
Me ajuda com a dor no peito
---
Não me abandone
Eu não sou de todo mal
Sei fazer café e massagem
E de noite te olho no escuro
---
Me leve embora de qualquer lugar
Mas me deixe viver no teu abraço
Tira a angústia desse meu coração
E planta esse amor que eu não conheço
Eu me esforço a não chorar todas as noites
Eu lhe acordo com beijos e cheiros
Eu te faço sentir o amor que tenho
---
Não me abandone
Eu não quero suas palavras digitadas
Eu lhe imploro por pele e carinho
Eu tenho esperança em você
---
Não me abandone
Não me salve ou me cure
Mas me aperte e me faça rir
Me ajuda com a dor no peito
---
Não me abandone
Eu não sou de todo mal
Sei fazer café e massagem
E de noite te olho no escuro
---
Me leve embora de qualquer lugar
Mas me deixe viver no teu abraço
Tira a angústia desse meu coração
E planta esse amor que eu não conheço
quinta-feira, 21 de julho de 2016
Poema 54
Você tem três olhares
Que se destacam nos teus trejeitos
De desejo, de carinho, de preocupação
E eu amo cada um deles
---
Eu rio quando me faz chegar ao êxtase
E não consigo evitar olhar pra ti
Você me hipnotiza
Seus olhos são profundos como a libido
---
Eu coro quando me encara
Mas ainda assim busco tua íris
A cor escura não é rígida
E nossos olhos se iluminam juntos
---
Eu evito quando estou em crise
Você mergulha em mim por entre eles
Você sabe como lidar
No fim só quero me sentir dentro de ti
---
Você tem três olhares
Que se destacam nos teus trejeitos
Me deixo invadir por cada um deles
Eu permito que me possua porque amo como me inunda
Que se destacam nos teus trejeitos
De desejo, de carinho, de preocupação
E eu amo cada um deles
---
Eu rio quando me faz chegar ao êxtase
E não consigo evitar olhar pra ti
Você me hipnotiza
Seus olhos são profundos como a libido
---
Eu coro quando me encara
Mas ainda assim busco tua íris
A cor escura não é rígida
E nossos olhos se iluminam juntos
---
Eu evito quando estou em crise
Você mergulha em mim por entre eles
Você sabe como lidar
No fim só quero me sentir dentro de ti
---
Você tem três olhares
Que se destacam nos teus trejeitos
Me deixo invadir por cada um deles
Eu permito que me possua porque amo como me inunda
quarta-feira, 20 de julho de 2016
Poema 53
Regurgito palavras atropeladas
Sobre dores e amores
Sorrio mesmo com a alma quebrada
Contando casos sem pudores
---
Corro em busca de alívio
Para longe da amargura
Enlouqueço no convívio
Da agonia e da doçura
---
Se esse mundo é sofrimento
Eu não quero mais viver
Ansiando aquele momento
Em que há esperança em te ter
Sobre dores e amores
Sorrio mesmo com a alma quebrada
Contando casos sem pudores
---
Corro em busca de alívio
Para longe da amargura
Enlouqueço no convívio
Da agonia e da doçura
---
Se esse mundo é sofrimento
Eu não quero mais viver
Ansiando aquele momento
Em que há esperança em te ter
terça-feira, 19 de julho de 2016
Poema 52
Acordo gritando de mais um pesadelo
Me debato tentando correr dos fantasmas
Percebo a solidão e congelo
Mais uma noite sem mim mesma
---
O sorriso custa a formar no rosto
Pois há vozes na cabeça
Quando sai é meio torto
Espero que sua presença amorteça
---
No fim do dia a dor acorda
Quase não tenho como fugir
Acordada, a angústia transborda
Dormindo, em sonho vem me atingir
Me debato tentando correr dos fantasmas
Percebo a solidão e congelo
Mais uma noite sem mim mesma
---
O sorriso custa a formar no rosto
Pois há vozes na cabeça
Quando sai é meio torto
Espero que sua presença amorteça
---
No fim do dia a dor acorda
Quase não tenho como fugir
Acordada, a angústia transborda
Dormindo, em sonho vem me atingir
segunda-feira, 18 de julho de 2016
Poema 51
Nós somos da geração que vive dopada
Que foge e quer distância
Nós questionamos o tudo e o nada
Nós esgotamos a esperança
---
Temos fantasmas e dores gigantes
Nosso objetivo é apenas lidar com isso
Lutamos e ainda somos errantes
Não nos enganamos com a ideia do paraíso
---
Os entorpecentes e os desabafos
Nos salvam da invalidez da loucura
Somente com um trago ou um abraço
Sobrevivemos à nossa alma obscura
Que foge e quer distância
Nós questionamos o tudo e o nada
Nós esgotamos a esperança
---
Temos fantasmas e dores gigantes
Nosso objetivo é apenas lidar com isso
Lutamos e ainda somos errantes
Não nos enganamos com a ideia do paraíso
---
Os entorpecentes e os desabafos
Nos salvam da invalidez da loucura
Somente com um trago ou um abraço
Sobrevivemos à nossa alma obscura
domingo, 17 de julho de 2016
Poema 50
Não é uma metáfora quando digo que meu peito dói
Sinto coisas demais e machucam de verdade
Tenho esse buraco que somente corrói
Todo o esforço para ter liberdade
---
Eu posso me dopar com atenção e carinho
Mas eu sei que uma hora vai rasgar
O amor que recebi se perde no ninho
Meu coração teima em sangrar
---
O fogo é bem mais eficiente
Mas eu não tenho trégua
Passo algumas horas dormente
Então de novo o desespero me leva
Sinto coisas demais e machucam de verdade
Tenho esse buraco que somente corrói
Todo o esforço para ter liberdade
---
Eu posso me dopar com atenção e carinho
Mas eu sei que uma hora vai rasgar
O amor que recebi se perde no ninho
Meu coração teima em sangrar
---
O fogo é bem mais eficiente
Mas eu não tenho trégua
Passo algumas horas dormente
Então de novo o desespero me leva
sábado, 16 de julho de 2016
Poema 49
Essa noite não terei sossego
Sou somente dor e sono
Nesse imenso descarrego
Jorro tudo mas tenho retorno
---
Me sinto mais do que aérea
Quero paz desse monstro
Suplico por entre misérias
De conforto que encontro
---
Cansei de chorar essas feridas
Elas teimam em cicatrizar
Eu sou essa rosa perdida
No deserto com a morte a chegar
Sou somente dor e sono
Nesse imenso descarrego
Jorro tudo mas tenho retorno
---
Me sinto mais do que aérea
Quero paz desse monstro
Suplico por entre misérias
De conforto que encontro
---
Cansei de chorar essas feridas
Elas teimam em cicatrizar
Eu sou essa rosa perdida
No deserto com a morte a chegar
sexta-feira, 15 de julho de 2016
Poema 48
Eu me afasto
Choro porque estou perdida
Me embaraço
Engasgo nessa coisa doída
---
Eu sucumbo
Minha mente me mastiga e engole
Nesse mundo
Tropeço entre hiberne e insone
---
Eu não sou eu
Alguns momentos tenho consciência
O meu corpo se rendeu
Mal resisto à essa forma de vivência
Choro porque estou perdida
Me embaraço
Engasgo nessa coisa doída
---
Eu sucumbo
Minha mente me mastiga e engole
Nesse mundo
Tropeço entre hiberne e insone
---
Eu não sou eu
Alguns momentos tenho consciência
O meu corpo se rendeu
Mal resisto à essa forma de vivência
quinta-feira, 14 de julho de 2016
Poema 47
Nesse caderno escrevo minhas angústias
Tento traduzir em palavras esse aperto
Não tenho mais rastros de valentia
Corro em círculos e me perco
---
Coisas boas não vingam em solo podre
Vejo surgir a cada dia um novo peso
Não há felicidade em que eu me enquadre
Eu sou apenas um animal indefeso
---
Mesmo com o dia raiando
A minha luz já se apagou
Eu durmo e acordo chorando
Sem nem ao menos saber quem sou
Tento traduzir em palavras esse aperto
Não tenho mais rastros de valentia
Corro em círculos e me perco
---
Coisas boas não vingam em solo podre
Vejo surgir a cada dia um novo peso
Não há felicidade em que eu me enquadre
Eu sou apenas um animal indefeso
---
Mesmo com o dia raiando
A minha luz já se apagou
Eu durmo e acordo chorando
Sem nem ao menos saber quem sou
quarta-feira, 13 de julho de 2016
Poema 46
Eu ou a consciência nos alternamos
Quando uma sai, a outra tenta permanecer
Sinto o peso do mundo me esmagando
Mas na verdade estou a enlouquecer
---
Muito além de insegura
Me sinto mais desprotegida
Eu me tornei essa criatura
Feita de choro e ferida
---
Estou a afogar nesse lago escuro
E não há escapatória
Eu me perco cada dia no percurso
Já não consigo mais ver a vitória
Quando uma sai, a outra tenta permanecer
Sinto o peso do mundo me esmagando
Mas na verdade estou a enlouquecer
---
Muito além de insegura
Me sinto mais desprotegida
Eu me tornei essa criatura
Feita de choro e ferida
---
Estou a afogar nesse lago escuro
E não há escapatória
Eu me perco cada dia no percurso
Já não consigo mais ver a vitória
terça-feira, 12 de julho de 2016
Poema 45
Tem um buraco no meu peito
Chego a pensar que esgotei as lágrimas
Sinto o espaço na cama cada vez que deito
E pensar na tua ausência me rasga a alma
---
Tento dormir todas as horas do dia
Pois se não sinto-me miserável
Eu sou uma fonte de melancolia
E você, o combustível adorável
---
Quero correr de encontro à ti
Esquecer essa dor que vai e volta
Quero teu colo e que me faça rir
Me aninhar em você enquanto o coração salta
Chego a pensar que esgotei as lágrimas
Sinto o espaço na cama cada vez que deito
E pensar na tua ausência me rasga a alma
---
Tento dormir todas as horas do dia
Pois se não sinto-me miserável
Eu sou uma fonte de melancolia
E você, o combustível adorável
---
Quero correr de encontro à ti
Esquecer essa dor que vai e volta
Quero teu colo e que me faça rir
Me aninhar em você enquanto o coração salta
segunda-feira, 11 de julho de 2016
Poema 44
Cada vez que eu acordo
Penso que ainda estou em devaneio
Finalmente você está ao meu lado
E como tua, é meu inteiro
---
Agora posso mergulhar em teu corpo
Te mostrar o desejo guardado
Mas ainda desabar em teu ombro
E você sempre é melhor que o esperado
---
Eu mal tenho dizeres
Seja em sexo ou conversa
Em momentos de dor ou prazeres
Saboreio tudo sem pressa
Penso que ainda estou em devaneio
Finalmente você está ao meu lado
E como tua, é meu inteiro
---
Agora posso mergulhar em teu corpo
Te mostrar o desejo guardado
Mas ainda desabar em teu ombro
E você sempre é melhor que o esperado
---
Eu mal tenho dizeres
Seja em sexo ou conversa
Em momentos de dor ou prazeres
Saboreio tudo sem pressa
domingo, 10 de julho de 2016
Poema 43
É chegado o dia do encontro
Meu sorriso mal cabe no rosto
Cada hora a menos eu conto
E até da ansiedade eu gosto
---
Eu ensaiei meus movimentos
Mas ainda não a saudação
Acontece que no momento
Sei que perderei a noção
---
Hoje não luto contra a aflição
Eu saboreio a carga de adrenalina
É toda tua minha afeição
E logo a espera termina
Meu sorriso mal cabe no rosto
Cada hora a menos eu conto
E até da ansiedade eu gosto
---
Eu ensaiei meus movimentos
Mas ainda não a saudação
Acontece que no momento
Sei que perderei a noção
---
Hoje não luto contra a aflição
Eu saboreio a carga de adrenalina
É toda tua minha afeição
E logo a espera termina
sábado, 9 de julho de 2016
Poema 42
Meu coração não bate em compasso
Ele possui vida própria
Só de te ver é um embaraço
Entre as válvulas há discórdia
---
Sempre fomos um só
Até mesmo distantes
Eu lhe peço que tenha dó
Desse órgão errante
---
Mesmo com o pulso desalinhado
Ainda lhe afirmo meu amor
Pois somente quando estou ao teu lado
Meu corpo se perde nesse torpor
Ele possui vida própria
Só de te ver é um embaraço
Entre as válvulas há discórdia
---
Sempre fomos um só
Até mesmo distantes
Eu lhe peço que tenha dó
Desse órgão errante
---
Mesmo com o pulso desalinhado
Ainda lhe afirmo meu amor
Pois somente quando estou ao teu lado
Meu corpo se perde nesse torpor
sexta-feira, 8 de julho de 2016
Poema 41
Não existe abrigo
Não há paz ou calmaria
Existem falsos sorrisos
E a esperança de um novo dia
---
Corro até o ar faltar
Mesmo assim não é suficiente
Eu insisto em falhar
Pois a dor é latente
---
Os meus demônios se inquietam
E devoram cada pedaço
Eles gritam e sussurram
E eu perdida, os abraço
Não há paz ou calmaria
Existem falsos sorrisos
E a esperança de um novo dia
---
Corro até o ar faltar
Mesmo assim não é suficiente
Eu insisto em falhar
Pois a dor é latente
---
Os meus demônios se inquietam
E devoram cada pedaço
Eles gritam e sussurram
E eu perdida, os abraço
quinta-feira, 7 de julho de 2016
Poema 40
A maior dificuldade de nosso amor
Dentre a falta e o fuso horário
É tentar sobreviver à dor
Quando não é você que está ao meu lado
---
Você no seu desejo
Se diverte com outras pessoas
Mas eu me rastejo
Me abrigo em alguma alma boa
---
Então não faz mais sentido
Pois eu clamo por teu consolo
De repente eu desisto
Meu coração por ti é tolo
quarta-feira, 6 de julho de 2016
Poema 39
Fantasmas se deleitam com meu desespero
Já não sei mais como lutar
Em cada ataque eu fraquejo
Lembranças me devoram sem hesitar
---
Meu corpo responde automaticamente
O peito arde na dor que choro
A proposta de ajudar é envolvente
Mas não há pessoa que me dê colo
---
De dia eu resisto contra o monstro
Sorrio mas ele apenas adormece
À noite me devora no lugar do sono
E apenas a angústia permanece
Já não sei mais como lutar
Em cada ataque eu fraquejo
Lembranças me devoram sem hesitar
---
Meu corpo responde automaticamente
O peito arde na dor que choro
A proposta de ajudar é envolvente
Mas não há pessoa que me dê colo
---
De dia eu resisto contra o monstro
Sorrio mas ele apenas adormece
À noite me devora no lugar do sono
E apenas a angústia permanece
terça-feira, 5 de julho de 2016
Poema 38
Vejo sua mão em direção ao meu rosto
Sinto o toque e fecho os olhos
Sua barba dança por entre meu corpo
Eu anseio pelo que virá logo
---
Seus dedos percorrem minhas pernas
De encontro à carne úmida
Meu corpo arqueja e espera
Quando toca a pele a respiração é súbita
---
De repente em sonho você me toma
Todo o meu ser está à sua mercê
A loucura escorre e transborda
Desperto com o pensamento ainda em você
Sinto o toque e fecho os olhos
Sua barba dança por entre meu corpo
Eu anseio pelo que virá logo
---
Seus dedos percorrem minhas pernas
De encontro à carne úmida
Meu corpo arqueja e espera
Quando toca a pele a respiração é súbita
---
De repente em sonho você me toma
Todo o meu ser está à sua mercê
A loucura escorre e transborda
Desperto com o pensamento ainda em você
segunda-feira, 4 de julho de 2016
Poema 37
Tentando conciliar esses dois lados
Como se o signo astrológico me definisse
Sinto-me uma bomba relógio
Contando os segundo até a próxima crise
---
Em surto a razão me foge
De repente sou o que não sou
A angústia no peito explode
Pois a dor intensa me cegou
---
Suspiro por debaixo da avalanche
Tento respirar e voltar à realidade
Somente espero que o peso desmanche
E de mim mesma sinto saudade
domingo, 3 de julho de 2016
Poema 36
Sonho acordada com tua pele é teu cheiro
Sigo contando os dias até o encontro
O fato é que você é um inteiro
E eu sou pedaços que monto
---
Minha mente toma rumos aleatórios
Busco-lhe mas a força é tremenda
De vez em quando estou num purgatório
Ansiando que alguém compreenda
---
Alguns dias quero me fechar para isso
Pois me irrita o modo como me conhece
Mas quando sinto tua falta, resisto
As esperança reina e prevalece
sábado, 2 de julho de 2016
Poema 35
Te quero como pássaros querem voar
Ansiando a liberdade
Meu sonho é te encantar
Como faz com sua singularidade
---
Te amo como as estrelas amam a lua
Buscando a luz que lhes falta
Sou tua, nua e crua
Só de te ver meu coração salta
---
Te vivo como a grama vive o sol
Nessa singela dependência
Mesmo escondida por entre o lençol
Você acende minha carência
Ansiando a liberdade
Meu sonho é te encantar
Como faz com sua singularidade
---
Te amo como as estrelas amam a lua
Buscando a luz que lhes falta
Sou tua, nua e crua
Só de te ver meu coração salta
---
Te vivo como a grama vive o sol
Nessa singela dependência
Mesmo escondida por entre o lençol
Você acende minha carência
sexta-feira, 1 de julho de 2016
Poema 34
Em cada penhasco eu mergulho
De cabeça e sem certeza
Se o seu desejo é obscuro
Eu lhe imploro pela clareza
---
O sentimento nem sempre é bom
O chão pode me quebrar em pedaços
Não perco a essência nem o tom
Há apenas um embaraço
---
Não peço perdão por ser suicida
O ato em si nem é real
A queda do precipício me excita
Sentir demais é o meu mal
De cabeça e sem certeza
Se o seu desejo é obscuro
Eu lhe imploro pela clareza
---
O sentimento nem sempre é bom
O chão pode me quebrar em pedaços
Não perco a essência nem o tom
Há apenas um embaraço
---
Não peço perdão por ser suicida
O ato em si nem é real
A queda do precipício me excita
Sentir demais é o meu mal
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