Minha vida é tragicomédia
Me perco entre riso e lágrima
Tiro de mim a balela
E encorpo uma alma rasgada
---
Eu não me sirvo
Não caibo e não pertenço
De um organismo vivo
Passei a viver entre ódio e beijo
---
O desespero não me toma
Mas a angústia me engole
De tudo que ela devora
Sobram lágrimas e fome
---
Ninguém me corroeu
Eu aprendi a me destruir
Arranquei muito e doeu
Hoje é até difícil sorrir
---
Não sei bem pra onde vou
E nem ao que devo atentar
Sinto que algo se deslocou
Desde então aprendi a lamentar
---
Minha verdade é rara
Eu assumo, não discuto
Vivo dando a cara à tapa
Talvez um dia me torne puro
Nenhum comentário:
Postar um comentário