quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Automático

Não sou poeta, escritora, compositora, quisá pensadora mas de repente me veio essa vontade de falar desse assunto que essas pessoas tanto falam.
Suicídio. Tem esse sufixo, parecido com vício e realmente não é uma coisa da qual se foge, você procura você quer, a diferença são os fatores, talvez, mas não creio nisto, deve ser só porque seu corpo não anseia pela morte como o seu cérebro o faz acreditar que é assim com drogas.
Não é um vício propriamente dito, isso não toma conta de você. Sua mente o faz. E então garoto, você está perdido no mundo onde os pesadelos são os sonhos bons e se matar não lhe traz medo afinal, a vida é sua e seria melhor se não fosse, não?
Pode ser porque as falsas alegrias têm fins violentos, diria Shakespeare, mas para fugir disso, só encarando que a felicidade tem de ser sincera, coisa que é rara, coisa que é triste porque vivemos em busca dessa felicidade e há pessoas que não convivem bem com ela, mesmo estando presente.
Já pensei tanto em suicídio, até que descobri que ficar tentando controlar a morte é ser controlado por sua mente insana, e então desisti porque se eu tiver que morrer, que seja quando for. Só que as vontades de passaras lâminas por mim mesma, de pular daquela altura ainda estão aqui. Estão guardadas para tempos onde terei tanta força e felicidade que esquecerei o propósito dos pensamentos de agora, desses pensamentos loucos que me povoaram uma vez e se alojaram em todos os cantos.
Quem sabe seja assim na mente dos suicídas de verdade, esse fracasso, essa besteira, insuficiência. Seria melhor se eu não estivesse aqui, disso eu tenho certeza. Mas há certas coisas que não devem ser questionadas, e é mais divertido e também esclarecedor divagar comigo mesma sobre uma morte por vontade própria.

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